Para testar isolamento do gira-discos... vibrações etc

Boas,

façam este teste simples, rápido e eficaz:

Ponham um LP no gira-discos, sem rodar. Depois movam o braço para mais ou menos a meio do disco e pousem a agulha no disco.

Assim, sem rodar, só com a agulha pousada, têm um sensor poderoso para apanhar vibrações ou qualquer coisa que esteja a interferir de forma nociva, ou seja, de forma que cause algum tipo de output pelas colunas.

Para fazer o teste, deve-se aumentar o som do amplificador até pelo menos 85% do máximo, de preferência mais, quase no máximo, apenas durante alguns segundos pois o que a agulha apanha poderá em alguns casos resultar em movimento bastante pronunciado dos drivers das colunas (se estiver presente uma vibração de baixa frequência que é habitual em diversos edifícios).

A ideia aqui é testar para perceber quanto das vibrações "naturais" do mundo, das cidades, etc, está a ser apanhado pela agulha durante a reprodução de LP's e a misturar-se com o som do LP. Os resultados, dependendo do local onde está o gira-discos ou de seu isolamento, podem ser incríveis, por vezes preocupantes...

No meu caso, sem a plataforma "DIY" baseada em spikes, placas MDF e Sorbothane que fiz há anos, a agulha apanha uma vibração constante que provocava um "hum" intenso de baixa frequência que se ouve perfeitamente a sair pelas colunas Muito mau mesmo... felizmente a plataforma eliminou esse problema!

Se experimentarem, partilhem aqui as vossas experiências

Sérgio

Boa dica. Vou experimentar.

Entretanto também descobri só há pouco tempo que a maioria dos telemóveis permite fazer análises de vibrações com uma precisão muito alta (pelo menos mais alta do que imaginava). É necessário descarregar uma App para o acelerómetro e começar a fazer experiencias. Quanto menos vibração melhor, e não é só no giradiscos. Os amplificadores agradecem imenso também.

Já usava o telemóvel para medir a velocidade do gira, mas nunca me tinha lembrado das vibrações, obrigado por essa dica também

Ressonância é a tendência de um sistema para oscilar em máxima amplitude em determinadas frequências conhecidas como frequências ressonantes ou frequências naturais do sistema. Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois o sistema armazena energia "vibratória".

Um oscilador harmónico simples possui uma frequência angular natural relacionada com as características do sistema em questão. Quando o oscilador harmónico simples está sujeito a uma força externa periódica e contínua, "converte-se" num oscilador forçado. Dependendo da frequência dessa força, pode ocorrer efeito ressonante.

Assim (para simplificar) a ressonância ocorre num sistema quando o mesmo está sujeito a uma força externa contínua e periódica cuja periodicidade está diretamente relacionada com a frequência natural do sistema.

Contudo, a realidade não é tão simples, e (felizmente) existem perdas de energia no tempo.
A isto (novamente para simplificar) chamamos amortecimento.

Quando o amortecimento é pequeno, trata-se normalmente do caso de a frequência de ressonância do sistema ser aproximadamente igual à frequência natural do sistema.

Para os sistemas que possuem múltiplas e distintas frequências de ressonância, esse fenómeno ocorre com todos os tipos de vibrações ou ondas; mecânicas (acústicas), eletromagnéticas, funções de onda quântica...

Podem utilizar-se sistemas ressonantes para gerar vibrações de uma frequência específica, ou para obter frequências específicas de uma vibração complexa contendo múltiplas frequências.

A ressonância foi descoberta por Galileu Galilei quando começou suas pesquisas com pêndulos e cordas musicais no começo de 1602. Outros acreditam que Pitágoras foi o pioneiro no assunto muito antes durante sua vida entre 570 - 495 anos a.C. especialmente na investigação sobre teorias musicais.

Exemplos (sublinhei as que nos interessam perceber para efeitos das nossas "audiofilias") :
Ressonância mecânica
Ressonância elétrica
Ressonância óptica
Ressonância orbital em astronomia.
Ressonância Molecular
Ressonância Acustica

Fifas, excelente explicação, obrigado pela mesma. Bastante instrutivo e curioso para quem goste destas coisas.