Sistema 2ch estéreo (mutante) do LUKE

manel 1, você está certo: porque "nestas coisas do áudio" TUDO há que experimentar; uma vez que a distância entre as paralelas música em casa de espetáculo versus sua replicação eletrônica em condições domésticas, tal distância, APESAR DA ACLAMAÇÃO SUPERLATIVA da era digital e da técnica miniatura, é ainda muito grande.

Tenho mais de mil horas de "voo" como espectador de salas de concerto e sessenta e cinco anos como escutador doméstico, e se a distância referida "diminuiu", e diminuiu (!), na minha experiência pessoal foi coisa de centímetros! O "buraco negro" ainda é bem grande.

Mas o prazer de escutar música é uma sensação tão forte, e peculiar, que tamanha distância conta pouco; ou conta quase nada em que pesem as "revistinhas de opinião" que nos enganam em cada dia "do pão nosso" em troca das quarenta moedas da traição...

Contra qual situação fóruns como este nosso pouco podem fazer; se alguma coisa.

Como vê, meu Amigo, estou a ficar desesperançado...

holbein menezes escreveu:manel 1,

Como vê, meu Amigo, estou a ficar desesperançado...

Apesar desta luta que nós abraçamos na procura do ''Santo Grall'' audiófilo, muitas vezes inglória, considero que as muitas horas de prazer que este hobby nos proporciona valem por 100 das horas menos felizes. Em termos de som, eu já excedi as expectativas que tinha há uns anos atrás. Muitos dos concertos a que vou, não me dão o mesmo prazer que tenho em casa a ouvir música, neste momento o elo mais fraco são muitas das gravações, o sistema de som já está num nível muito bom, o que não implica que eu não continue a fazer melhorias no sistema.

Ouvir música ao vivo numa boa sala ainda é uma experiência inigualável, mas penso que alguns (poucos) felizardos estão em condições de replicar esses eventos nas suas salas com um grau de fidelidade muito bom e eu espero um dia ser um desses, pelo menos já faltou mais. Atenção que para ser um desses felizardos não basta ter dinheiro, mas isso o amigo já deve saber.

Um abraço

Minha experiência já próxima do centenário me há ensinado que qualquer sistema EQUILIBRADO, independente do nome e renome da griffe que assina os equipamentos, gera prazer tanto quando ir-se às salas de concerto; aliás, com o advento do Blu-ray e da reprodução DTS 4.1 o prazer é acrescido da satisfação de ouvirem-se detalhes: por exemplo, de que os naipes das orquestras sinfônicas são plural, isto é, não soam uníssono como nos fazia crer a conserva em long playing. Com o Blu-ray 4.1 ouve-se com nitidez um instrumento e outro ainda que em harmonia. Flautas, oboés, clarinetes, fagotes são escutados de per se. Tal como acontece nas transmissões de futebol em HD: o detalhe do drible, a forma da batida do pé na bola, o borborinho na entrada da área, uma falta de pisada do pé do adversário, coisas que a transmissão em analógico não registrava, são detalhes que não vemos no campo desde a arquibancada...

Prazer do detalhe que o espectador da distância da sua cadeira na plateia também não experimenta!

Na minha opinião, a grande diferença persiste no registro dos timbres. Aliás, disse-me um spalla, o som mais agudo do violino chega a "doer" no ouvido do músico durante o espetáculo!

A reprodução do timbre (que é a representação do espectro dos harmônicos de um tom e não característica do instrumento; esta é o formante!), ao meu ver está resolvida na eletrônica dos sistemas mas falta muito quando se consideram os alto-falantes. Os eletrostáticos são os que mais fiel reproduzem o timbre mas lhes falta dinâmica e extensão frequencial.

Chega-se ao paradoxo de que um reles e barato fone de ouvido conseguir reproduzir melhor os timbres do que os mistos Martin Logan, por exemplo. E por quê?

Venha dai uma explicação.

holbein menezes escreveu:Chega-se ao paradoxo de que um reles e barato fone de ouvido conseguir reproduzir melhor os timbres do que os mistos Martin Logan, por exemplo. E por quê?

Venha dai uma explicação.

Em primeiro lugar porque os earphones eliminam o factor "sala"...

R

O "fator sala" é importante mas não é condição sine qua non para a boa reprodução do som musical. Você sabe, Ricardo, que já construí para meu uso pessoal quatro salas, duas no Rio - uma de 25 m² e outra de 50 m² -; a sandfilled de Florianópolis de 36 m², e esta agora, de Fortaleza, a gessofilled de 10 m²; e a com a melhor acústica foi a de Florianópolis MAS a musicalmente mais prazerosa é esta de Fortaleza; e note, a sandfilled a seguir com rigor as medidas ótimas do Golden Ratio.

Portanto, o "fator sala" não é sinônimo obrigatório de boa qualidade na reprodução; pode vir a ser ou não. Por exemplo: projetei para um dileto amigo de São Paulo, meu Querido Professor Aparecido, de Guaratinguetá, uma sala nas medidas da Proporção Áurea para pé-direito de 3 m, de alvenaria, todas as paredes duplas com intermeio de areia de rio; e, COM A RARA particularidade de nenhuma parede (superfícies refletoras) ser paralela em comparação com outra; as paredes são de leve enviesadas uma em contrário da outra, inclusive teto em relação ao piso.

Aliás, aprendi com o estudo dos livros de Gilbert Briggs, que o "fator sala" não é apanágio para uma prazerosa sala de escuta doméstica; a sala da casa do dono da Wharfedale além de irregular quanto à forma, era quadrada...  

A "Sala Cecília Meireles", de concerto, do Rio, moderna e retangular perde em qualidade musical para o Teatro Municipal... construído por antigos artesão portugueses; idem a moderna "Sala São Paulo" e o velho Teatro Municipal de São Paulo, este obra de artesão lusitanos...

Portanto, o "fator sala" nem "melhora" nem "piora" o som musical; nem os aparelhos; nem cabos e quejandos.

O que DECIDE é o disciplinamento peculiar e próprio de cada ambiente dado, do "fator reflexão". E, para começar, devemos ter presente o "achado" do Professor Amar Bose, de que os sons que nos chegam aos ouvidos numa sala de concerto, 89% são refletidos e apenas 11%, diretos.

Esse é o ponto a partir do qual, com engenho e arte, e muita paciência, poderemos lograr ter um bom ambiente de escuta em nossas casas.

Assim falou Zaratrusta, e, parodiando Friedrich Nietsche, um ouvido velho para música nova...

A minha sala em Lisboa tinha um pé-direito de 3,30m com grossas paredes nuas em alvenaria maciça de pedra e tijolo de burro, soalho de madeira maciça com caixa de ar colocado dobre uma fina laje de betão e três janelas sem cortinados.

Agora estou a viver numa pequena casa de dois pisos com o pano de fora das paredes exteriores em tijolo maciço e todas as restantes em gesso cartonado.
O plano que separa os dois andares também é "leve" e de construção tradicional, com soalho pregado sobre vigotas de madeira e gesso cartonado no tecto do piso inferior.
Todos os pavimentos são revestidos com uma espessa alcatifa e as janelas cobertas por um cortinado relativamente pesado.

E posso garantir-lhe que o som desta última sala (ou a contribuição que esta dá ao som) é bastante menos nocivo do que o da primeira ao nível do brilho, do eco e das ressonâncias, mesmo sem recorrer a qualquer tratamento...

R

Movido

Obrigado Gustavo, esqueci-me de referir que podem seguir a última parte deste tópico em: http://www.audiopt.net/t14286-importancia-dos-acessorios-e-das-medicoes#156213

A moderação

Boas amigos

Feliz Natal, atrasado, e Próspero ano novo, adiantado, para todos

Tenho andado sem tempo para compartilhar, mas ouvindo muito meu sistema.

De novo só minha pequena OB e uma Mini Torre duas vias com fullrange FE166en.

Depois volto com mais tempo para compartilhar com todos.

É um prazer enorme ler os amigos aqui em minha sala.

Boas,

lembram dos FE166En, que pensei construir a Haruna?

Pois desisti devido ao tamanho das caixas e minha sala incompatível com elas.

Resolvi por fazer uma book, mais espichada, uma mini-torre em duas vias com tweeter vifa.

O suporte que eu e o JM bolamos para o tweeter e o JM fez, ficou muito bacana

Vejam um vídeo com detalhes da construção:




Depois volto com algumas fotos  

Fase dos testes:

Boa Luke, é bom saber que por aí as coisas não param, já tinha saudade de ver por aqui essas construções.

Boas Manel1

O milagre da transformação.

De um cano maciço, o JM torneou o suporte para o tweeter































Tive a ideia de usarmos um suporte de prateleira e vejam no que deu:



O full acabou ficando em full mesmo  e o tweeter entrando bem lá em cima, por volta dos 19 khz





E a Mini-Tower pronta



















Já em casa

Como todos sabem, sou adepto de multi-amplificação e estas Mini-torres foram sintonizados para 78 hertz -3db, o que pra mim

não é problema, pois tenho o Casavant para completar a parte baixa  

Neste vídeo usando meu pequeno YaQin de 12 wrms, com duas EL84 em PP por canal

Feliz Natal, atrasado, e próspero ano novo para todos

Um bom ano também para si Luke.

Boas,

passando para dar uma atualização do meu sistema e olá para todos