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Espaço Holbein Menezes
Este tópico foi criado exclusivamente para o Mestre Holbein Menezes.
Última edição por Paulo André em 6/10/2009, 13:32, editado 3 vez(es)
Paulo André- Equipa Audiopt - Admin.
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Re: Espaço Holbein Menezes
Eu, que já o acompanho em outro forum, fico no aguardo de seus excelentes postes
As pedras não se encontram jamais; os homens, sim!
Luke, meu velho amigo!
Já lera você no tópico das "Salas... essas desconhecidas". Fiquei feliz então. Agora, tudo indica que se abrirá a oportunidade de dialogarmos - próximo da liberdade que tínhamos em AudioDicas - em uma seção deste Fórum da qual serei o principal responsável. Aguarde.
E se falo "dialogar" é porque - e você sabe-o bem - esse é meu estilo: dou minhas opiniões, dou-as com franqueza e autenticidade, e louvado na minha longa experiência com reprodução eletrônica do som musical (e muita leitura, que ninguém nasce sabido) MAS, sobretudo, VIVO do "feedback"; isto é, do retorno dos leitores. Porque sem esse retorno qualquer texto não passa de letra morta.
Onde está você a residir?
Quanto a mim, saí de Florianópolis e regressei, depois de 51 anos, ao velho Ceará!
Um abraço do
Holbein.
Já lera você no tópico das "Salas... essas desconhecidas". Fiquei feliz então. Agora, tudo indica que se abrirá a oportunidade de dialogarmos - próximo da liberdade que tínhamos em AudioDicas - em uma seção deste Fórum da qual serei o principal responsável. Aguarde.
E se falo "dialogar" é porque - e você sabe-o bem - esse é meu estilo: dou minhas opiniões, dou-as com franqueza e autenticidade, e louvado na minha longa experiência com reprodução eletrônica do som musical (e muita leitura, que ninguém nasce sabido) MAS, sobretudo, VIVO do "feedback"; isto é, do retorno dos leitores. Porque sem esse retorno qualquer texto não passa de letra morta.
Onde está você a residir?
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Um abraço do
Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
- Número de Mensagens : 420
Data de inscrição : 09/06/2008
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Re: Espaço Holbein Menezes
Caro Holbein.
Li num artigo seu hà anos na "Audio", (se não estou enganado) "10 mandamentos do hi-fi", que dava grande relevo aos cabos de sector. Ainda hoje se mantem essa tese ou observa esse assunto de outra maneira?
Desmistifique lá o tema que o pessoal anda em "pulgas" por sua opinião.
Abraço.
Li num artigo seu hà anos na "Audio", (se não estou enganado) "10 mandamentos do hi-fi", que dava grande relevo aos cabos de sector. Ainda hoje se mantem essa tese ou observa esse assunto de outra maneira?
Desmistifique lá o tema que o pessoal anda em "pulgas" por sua opinião.
Abraço.
Pierre- Membro Audiopt
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Localização : Elvas
Interesses : Música, cinema, futebol e petisco.
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Re: Espaço Holbein Menezes
Holbein é um prazer dialogar com vc.
Continuo em Belo Horizonte, Belzonte, e as portas estão abertas, não apenas para vc, mas tb para todos os outros membros que por aqui passarem e quiser conhecer meu sistema, xing-ling, caixas e pré diy, em sala (quarto) de de10m2
Neste momemto, estou testando novas válvulas, 12BH7, em meu pré VTR LS3i, by Ricardo W. Pereira.
Se não me engano, vc tb usa um pré dele.
Estou em férias e devo dar uma esticada até a Bahia, Arraial d'ajuda, Trancoso e Porto Seguro, na próxima semana .
Fora deste, estou sempre em casa.
Sou caseiro e o que mais gosto é ouvir música em casa.
Abraços e tenha certeza que estarei sempre atento a seus post.
Continuo em Belo Horizonte, Belzonte, e as portas estão abertas, não apenas para vc, mas tb para todos os outros membros que por aqui passarem e quiser conhecer meu sistema, xing-ling, caixas e pré diy, em sala (quarto) de de10m2
Neste momemto, estou testando novas válvulas, 12BH7, em meu pré VTR LS3i, by Ricardo W. Pereira.
Se não me engano, vc tb usa um pré dele.
Estou em férias e devo dar uma esticada até a Bahia, Arraial d'ajuda, Trancoso e Porto Seguro, na próxima semana .
Fora deste, estou sempre em casa.
Sou caseiro e o que mais gosto é ouvir música em casa.
Abraços e tenha certeza que estarei sempre atento a seus post.
Cabos de setor.
Pierre: não me lembro mais que "idéias" defendi no texto referido por você; alguns sabem, sou camaleônico; ou melhor, a vida ela o é; eu faço apenas observar. E, se observado com atenção, nenhum fenômeno da Natureza é estático. Todos pensávamos porque todos aprendemos assim, que as manifestações climáticas obedeciam a leis constantes e imutáveis desde o tempo de Adão e Eva. Estamos a ver, lamentavelmente, que nossos desregramentos enquanto habitantes desta Natureza terráquea, pode tornar (e está a fazê-lo) mutável para pior as manifestações climáticas...
Quanto a cabos de setor, pasma-me a constatação histórica de que nos idos de 1950/60 os Pioneiros da reprodução do som - Briggs, Walker, Leak, Marantz, Scott, McIntosh etc - muniam seus sistemas e os sistemas com os quais realizavam demonstrações públicas em teatros (da música ao vivo versus música reproduzida), municiavam-nos com cabos ordinários tanto de áudio quanto de eletricidade!!
Penso que, naqueles tempos, o elo mais fraco do sistema de reprodução do som musical era a eletrônica, e, proclamado em primeiro lugar, os alto-falantes. Ora, a eletrônica conquanto tenha se desenvolvido de forma extraordinária, passando a distorção harmônica (HD) de 1 e 0.5% para 0,001%, ou menos; conquanto a lineralidade da resposta de frequência dos alto-falantes tenha caido dos 10% e 7% e para 1% ou pouco mais; conquanto a produção de potência (watts) dos amplificadores tenha se elevado de os máximos 35 watts do Marantz Modelo 10 (o último dos Marantz valvulados) para os mais de 2.000 do Sunrise do Bob Carver; conquanto...
Nada obstante todo esse "desenvolvimento" tecnológico, nenhuns sistemas das mais famosas grifes destes dias de agora teriam êxito - como tiveram os Pioneiros da alta-fidelidade de antanho - numa demonstração pública vivo versus reproduzido.
E os Pioneiros utilizavam-se de cabos de setor e áudio, ordinários, ordinaríssimos!
Melhorou o quê? Que alterações sônicas os cabos esotéricos introduziram na reprodução do som musical? Portabilidade, tão-só!
Diante dessas observações um velho "testemunha da história do áudio para a reprodução do som musical" como eu, que esse ancião próximo de completar um século de vivências, pode dizer dessa enganação chamada cabos especiais?
Meu atual "achado" é: cabo bom é aquele que faz bom contato!
Fiz recente um experimento: peguei três cabos de setor, desses pré-fabricados e pré-moldados que acompanham os ledores de CD e DVD, juntei-os num molho (feixe, lio) só, as três tomadas macho permaneceram como nos originais, três, MAS as pontas das três tomadas fêmeas cortei-as, juntei as pontas dos fios fase, neutro e terra e fabriquei uma só tomada fêmea. Comparei o "invento" com um cabo de setor de grife que custara a um amigo meu, 2.400 dólares. NENHUMA DIFERENÇA DE COMPORTAMENTO SÔNICO OBSERVOU-SE! Nenhuma! Em um teste "cego" AB. Nenhuma!
Pois. Não é a topologia do cabo de setor que o faz EFETIVO, é o contato! Portanto, não há o bom cabo, há o bom contato.
Em outra oportunidade falarei do cabo de áudio a que dei o nome de Arataca, que fiz a partir de cabos retirados de uma sucata de avião de combate. Até cheguei a remeter alguns exemplares para o Jorge Gonçalves, da AUDIO, que andou com eles entre Lisboa e Porto mas jamais rerportou o resultado na sua dele revista.
Holbein.
Quanto a cabos de setor, pasma-me a constatação histórica de que nos idos de 1950/60 os Pioneiros da reprodução do som - Briggs, Walker, Leak, Marantz, Scott, McIntosh etc - muniam seus sistemas e os sistemas com os quais realizavam demonstrações públicas em teatros (da música ao vivo versus música reproduzida), municiavam-nos com cabos ordinários tanto de áudio quanto de eletricidade!!
Penso que, naqueles tempos, o elo mais fraco do sistema de reprodução do som musical era a eletrônica, e, proclamado em primeiro lugar, os alto-falantes. Ora, a eletrônica conquanto tenha se desenvolvido de forma extraordinária, passando a distorção harmônica (HD) de 1 e 0.5% para 0,001%, ou menos; conquanto a lineralidade da resposta de frequência dos alto-falantes tenha caido dos 10% e 7% e para 1% ou pouco mais; conquanto a produção de potência (watts) dos amplificadores tenha se elevado de os máximos 35 watts do Marantz Modelo 10 (o último dos Marantz valvulados) para os mais de 2.000 do Sunrise do Bob Carver; conquanto...
Nada obstante todo esse "desenvolvimento" tecnológico, nenhuns sistemas das mais famosas grifes destes dias de agora teriam êxito - como tiveram os Pioneiros da alta-fidelidade de antanho - numa demonstração pública vivo versus reproduzido.
E os Pioneiros utilizavam-se de cabos de setor e áudio, ordinários, ordinaríssimos!
Melhorou o quê? Que alterações sônicas os cabos esotéricos introduziram na reprodução do som musical? Portabilidade, tão-só!
Diante dessas observações um velho "testemunha da história do áudio para a reprodução do som musical" como eu, que esse ancião próximo de completar um século de vivências, pode dizer dessa enganação chamada cabos especiais?
Meu atual "achado" é: cabo bom é aquele que faz bom contato!
Fiz recente um experimento: peguei três cabos de setor, desses pré-fabricados e pré-moldados que acompanham os ledores de CD e DVD, juntei-os num molho (feixe, lio) só, as três tomadas macho permaneceram como nos originais, três, MAS as pontas das três tomadas fêmeas cortei-as, juntei as pontas dos fios fase, neutro e terra e fabriquei uma só tomada fêmea. Comparei o "invento" com um cabo de setor de grife que custara a um amigo meu, 2.400 dólares. NENHUMA DIFERENÇA DE COMPORTAMENTO SÔNICO OBSERVOU-SE! Nenhuma! Em um teste "cego" AB. Nenhuma!
Pois. Não é a topologia do cabo de setor que o faz EFETIVO, é o contato! Portanto, não há o bom cabo, há o bom contato.
Em outra oportunidade falarei do cabo de áudio a que dei o nome de Arataca, que fiz a partir de cabos retirados de uma sucata de avião de combate. Até cheguei a remeter alguns exemplares para o Jorge Gonçalves, da AUDIO, que andou com eles entre Lisboa e Porto mas jamais rerportou o resultado na sua dele revista.
Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Re: Espaço Holbein Menezes
É com prazer que leio estas linhas e que no fundo vão ao encontro do que já defendi no post abaixo. É demais evidente que á margem dos ditos aparelhos hifi existe um manancial de negócios milagrosos no que respeita a cabos.
Se existe alguma coisa com que me preocupe nos cabos de sector, são o facto de eles serem protegidos electromagneticamente através de uma boa malha para não poluirem ao seu redor e umas fichas decentes.
http://www.audiopt.net/diy-cabos-acessoriostweaks-tratamentos-acusticos-racks-f6/supra-lorad-semi-condutor-nao-t840.htm?highlight=supra
E bem vindo a este seu espaço.
Cumpts,
Se existe alguma coisa com que me preocupe nos cabos de sector, são o facto de eles serem protegidos electromagneticamente através de uma boa malha para não poluirem ao seu redor e umas fichas decentes.
http://www.audiopt.net/diy-cabos-acessoriostweaks-tratamentos-acusticos-racks-f6/supra-lorad-semi-condutor-nao-t840.htm?highlight=supra
E bem vindo a este seu espaço.
Cumpts,
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Re: Espaço Holbein Menezes
Cabos valem 0. Sempre o disse e sempre o direi até ao dia em que ouça realmente diferença.
Os cabos de secção e os IC são das maiores banha da cobre que existem, apesar de haver um ou outro sitio onde possam ser uma mais valia por razões meramente eléctricas, mas isso é outra conversa.
Os cabos de secção e os IC são das maiores banha da cobre que existem, apesar de haver um ou outro sitio onde possam ser uma mais valia por razões meramente eléctricas, mas isso é outra conversa.
Convidad- Convidado
Diferenças e melhorias.
António José,
"melhorias" maiores observamos se pomos um peso de mármore sobre o ledor de CD; ledor possui motor e motor em funcionamento, vibra; que pode ou não influir na leitura; pode ou não levar a que se percam, na leitura, mais ou menos bits; com isso, a leitura pode ficar mais conforme ou menos conforme os bits existentes no CD...
Então vamos mercantilizar peso de mármore!
Não é piada; conto-lhes: anos pretéritos, tempo em que eu frequentava "feiras de áudio", estive em uma em São Paulo e lá encontrei dileto amigo com quem me correspondia via Internet. Um experimentado audiófilo. Chegou-se a mim feliz da vida, com um embrulho debaixo do braço; perguntei o que era. Resposta: um peso de mármore, mágico! Custara-lhe 200 dólares! ... um experimentado audiófilo!
Placebos vivem disto: de experimentados audiófilos. Tais, de tão entediados com o mesmismo da eletrônica para a reprodução do som musical, e cismarentos quanto à alta-fidelidade da replicação em disco de conserva, que jamais alcança a qualidade da música do evento original, algo desesperado torna-se terreno fértil para vicejar toda sorte de placebos.
Conto-lhes outra, e nessa caí eu: depois que não deu resultado sônico perceptível, puxar a cabeação elétrica para a sala de música desde o relógio medidor próximo e embaixo do poste da rede pública, e blindar essa cabeação trifásica com conduite de cobre até a sala de música; e mais: aterrar os conduites em sistema de terra em triângulo equilátero, hastes de cobre maciço de três metros de comprimento enfiadas chão a dentro... depois dessa "maratona" elétrica quase que desisti de melhorar a qualidade da eletricidade na "sand-filled".
Salvou-me (salvou-me?) um placebo que um esperto "expert" andou a vender cá no Brasil varonil salve salve. Tratava-se do esoterismo mediúnico de uma aparelhinho denominado sem-vergonhamente de "Quantum", que prometia o milagre de purificar a eletricidade da rede pública que chegava ao sistema eletrônico uma vez o aparelhinho (media em torno de 10 cm por 10 cm, 5 cm de espessura) fosse instalado dentro da sala! Apenas dentro da sala! Sem qualquer contato físico com os aparelhos eletrônicos! Só a carecer que estivesse o "Quantum" à distância menor que um metro dos aparelhos! O "manual" (em minúsculo porque eram quatro páginas, apenas) anunciava que se tratatava do emprego da teoria quântica à correção do sistema elétrico. Cheguei a estupidez de comprar quatro dessas unidades... mea culpa, mea maxima culpa. E que o Diabo se apiede de minha alma crédula.
Um dia de iconoclastia explícita e exarcebada, desconfiado (como se diz aqui no Brasil, "caiu a ficha") resolvi abrir um desses aparelhinhos "quânticos"; que vi? Ora, Senhores, um reles chip, nada mais que um vulgar chip...
Melhoras e diferenças são expectativas as quais, para tratá-las mais convém recorrer a Freud.
Holbein, o muitas vezes enganado.
"melhorias" maiores observamos se pomos um peso de mármore sobre o ledor de CD; ledor possui motor e motor em funcionamento, vibra; que pode ou não influir na leitura; pode ou não levar a que se percam, na leitura, mais ou menos bits; com isso, a leitura pode ficar mais conforme ou menos conforme os bits existentes no CD...
Então vamos mercantilizar peso de mármore!
Não é piada; conto-lhes: anos pretéritos, tempo em que eu frequentava "feiras de áudio", estive em uma em São Paulo e lá encontrei dileto amigo com quem me correspondia via Internet. Um experimentado audiófilo. Chegou-se a mim feliz da vida, com um embrulho debaixo do braço; perguntei o que era. Resposta: um peso de mármore, mágico! Custara-lhe 200 dólares! ... um experimentado audiófilo!
Placebos vivem disto: de experimentados audiófilos. Tais, de tão entediados com o mesmismo da eletrônica para a reprodução do som musical, e cismarentos quanto à alta-fidelidade da replicação em disco de conserva, que jamais alcança a qualidade da música do evento original, algo desesperado torna-se terreno fértil para vicejar toda sorte de placebos.
Conto-lhes outra, e nessa caí eu: depois que não deu resultado sônico perceptível, puxar a cabeação elétrica para a sala de música desde o relógio medidor próximo e embaixo do poste da rede pública, e blindar essa cabeação trifásica com conduite de cobre até a sala de música; e mais: aterrar os conduites em sistema de terra em triângulo equilátero, hastes de cobre maciço de três metros de comprimento enfiadas chão a dentro... depois dessa "maratona" elétrica quase que desisti de melhorar a qualidade da eletricidade na "sand-filled".
Salvou-me (salvou-me?) um placebo que um esperto "expert" andou a vender cá no Brasil varonil salve salve. Tratava-se do esoterismo mediúnico de uma aparelhinho denominado sem-vergonhamente de "Quantum", que prometia o milagre de purificar a eletricidade da rede pública que chegava ao sistema eletrônico uma vez o aparelhinho (media em torno de 10 cm por 10 cm, 5 cm de espessura) fosse instalado dentro da sala! Apenas dentro da sala! Sem qualquer contato físico com os aparelhos eletrônicos! Só a carecer que estivesse o "Quantum" à distância menor que um metro dos aparelhos! O "manual" (em minúsculo porque eram quatro páginas, apenas) anunciava que se tratatava do emprego da teoria quântica à correção do sistema elétrico. Cheguei a estupidez de comprar quatro dessas unidades... mea culpa, mea maxima culpa. E que o Diabo se apiede de minha alma crédula.
Um dia de iconoclastia explícita e exarcebada, desconfiado (como se diz aqui no Brasil, "caiu a ficha") resolvi abrir um desses aparelhinhos "quânticos"; que vi? Ora, Senhores, um reles chip, nada mais que um vulgar chip...
Melhoras e diferenças são expectativas as quais, para tratá-las mais convém recorrer a Freud.
Holbein, o muitas vezes enganado.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Re: Espaço Holbein Menezes
holbein menezes escreveu:
Holbein, o muitas vezes enganado.
Mas o pessoal até gosta de ser enganado. E quanto maior o valor, mais se vão obrigar a ouvir uma diferença.
Decerto que na sua longa experiência já se deu conta deste fenómeno. Muda-se um IC e o dono, ou fabricante fica logo com um sorriso enorme nos lábios e diz: "Reparem na diferença". E normalmente a diferença é 0.
Há um teste interessante na net feito pelos chamados ouvidos de ouro (passou-se na América) e foram fazer um teste cego com cabos de alimentação. Um cabo que é fornecido, e um que custa quase 3000 dólares e que foi fornecido pelo importador para tal teste. Conclusão? Novamente 0.
Abraço e boa musica.
Convidad- Convidado
Re: Espaço Holbein Menezes
Este resultado mais uma vez resulta numa diferença entre cabo de alimentação de frigorífico e cabos caríssimos. As diferenças, 0
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_4/feature-article-blind-test-power-cords-12-2004.html
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_4/feature-article-blind-test-power-cords-12-2004.html
Convidad- Convidado
Re: Espaço Holbein Menezes
Vejam até ao fim visto que a musica é espectacular. Fiz algo idêntico há uns meses atrás mas com IC's. O resultado foi surpreendente. Três cabos diferentes, foram testados, (dois de cada vez) sem nunca interromper a musica. No teste havia um daqueles IC's que custam 3 euros, um DIY e um de compra. O resultado de uma audição cuidada foi tal, que a pessoa que estava a ouvir, não sabia quando tinha mudado de cabo.
Vejam o vídeo. A ideia é excelente. Temos que organizar algo igual.
https://www.youtube.com/watch?v=mm6hf1y0XAc
Vejam o vídeo. A ideia é excelente. Temos que organizar algo igual.
https://www.youtube.com/watch?v=mm6hf1y0XAc
Convidad- Convidado
Re: Espaço Holbein Menezes
Cá para mim aquela peça de ligação condiciona o resultado do teste
Brás- Membro Audiopt
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Re: Espaço Holbein Menezes
Brás escreveu:Cá para mim aquela peça de ligação condiciona o resultado do teste
Assim como as peças que estão nos amplificadores, (leitores de cd, etc.) e que servem para ligar os cabos caros que há à venda.
Convidad- Convidado
Teste "cego" para videntes...
Curioso o teste, António José, e intrigante a técnica A/B empregada. Nesta, para mim ocorre um mínimo "delay" que se realiza nos microssegundos gastos com a operação de tirar e botar do encaixe as respectivas tomadas; operação que produz maior "delay" do que se se tivesse instalado uma chave de alavanca de cobre espesso, das em uso nas fábricas industriais para acionar grandes motores. Caso em que os elétrons da corrente elétrica só seriam interrompidos de circular pleno no ponto do contato com a tomada do amplificador. Transportemos em imaginação tal técnica para uma corrente de água: com certeza ocorreria um "delay" no jato d'água..., pois não?
De mais a mais, temos falado aqui em contato, ótimo contato, e, seguramente a tomada "hospital grade" da esquerda efetuará muito melhor contato do que a xinguelingue da direita. A propósito, repararam nas fichas RCA do cabo de áudio... bem xinguelingue!
Teria sido mais científico houvessem os experimentadores realizado o teste em dois tempos: 1º) teste para condução da corrente elétrica, com cabos diferentes em topologia e espessura mas com tomadas de entrada e saída semelhantes; 2º) teste para contato, com cabos de topologia e espessura semelhantes mas desiguais tomadas tanto de entrada quanto de saída.
E os que falam a última flor do Lácio, hoje culta e continua bela, agradeceríamos o "papo" em Português... e não em grego, pô!
Holbein.
De mais a mais, temos falado aqui em contato, ótimo contato, e, seguramente a tomada "hospital grade" da esquerda efetuará muito melhor contato do que a xinguelingue da direita. A propósito, repararam nas fichas RCA do cabo de áudio... bem xinguelingue!
Teria sido mais científico houvessem os experimentadores realizado o teste em dois tempos: 1º) teste para condução da corrente elétrica, com cabos diferentes em topologia e espessura mas com tomadas de entrada e saída semelhantes; 2º) teste para contato, com cabos de topologia e espessura semelhantes mas desiguais tomadas tanto de entrada quanto de saída.
E os que falam a última flor do Lácio, hoje culta e continua bela, agradeceríamos o "papo" em Português... e não em grego, pô!
Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Pontos/Reputação : 435
Meu mais recente "achado".
Amigos,
os três trechos a seguir fazem parte de meu último artigo que escrevi para o saite brasileiro HTForum.com; e parecem-me bem relacionados com a experiência com cabos de setor posta aqui pelo António José:
Eis meu mais recente “achado”: prejudica a qualidade sonora alimentar um sistema eletrônico para a reprodução do som musical por meio de fonte de energia elétrica única – a rede pública; prejudica também alimentar todo o “set-up” por via de fonte dita pura – ou seja, a partir de corrente contínua de baterias invertida para corrente alternada.
Nesses últimos tempos, observei que os aparelhos que demandam força, como os amplificadores, quando alimentados com base em corrente contínua invertida, provinda de baterias (no-break), perdem algum tanto da capacidade de responder com rapidez e articulação os momentos de “tutti”orquestrais ou clímax. Os sons em “tutti” tendem a embolar e os clímax não atingem o... clímax.
De outra parte, observei igualmente que alimentar os aparelhos que conduzem o sinal de áudio na ponta de sua geração – toca-discos, ledores e pré-amplificadores – alimentá-los com energia da rede pública deteriora em algum tanto o sinal de áudio o qual, por modo dessa alimentação, é contaminado com harmônicos espúrios da rede pública.
Diante disso, alimento meus ledores (aparelhos de pouco consumo) com corrente pura invertida provinda de baterias (no-breaks) e alimento pré-amplificador e amplificadores com eletricidade da rede pública.
E está a dar bom resultado. Ganho autonomia (com a corrente de baterias) de mais de DEZ horas, e tenho a demanda de eletricidade ilimitada da energia da rede pública para os aparelhos de potência. Mesmo porque as fontes de poder dos ledores são ridicularmente dimensionadas e filtradas, enquanto as fontes dos aparelhos de potência são parrudas e mui bem filtradas.
Cabos de setor? Ora, fi-los eu próprio. Tomadas? As ordinárias, à venda no mercado de varejo.
Holbein.
os três trechos a seguir fazem parte de meu último artigo que escrevi para o saite brasileiro HTForum.com; e parecem-me bem relacionados com a experiência com cabos de setor posta aqui pelo António José:
Eis meu mais recente “achado”: prejudica a qualidade sonora alimentar um sistema eletrônico para a reprodução do som musical por meio de fonte de energia elétrica única – a rede pública; prejudica também alimentar todo o “set-up” por via de fonte dita pura – ou seja, a partir de corrente contínua de baterias invertida para corrente alternada.
Nesses últimos tempos, observei que os aparelhos que demandam força, como os amplificadores, quando alimentados com base em corrente contínua invertida, provinda de baterias (no-break), perdem algum tanto da capacidade de responder com rapidez e articulação os momentos de “tutti”orquestrais ou clímax. Os sons em “tutti” tendem a embolar e os clímax não atingem o... clímax.
De outra parte, observei igualmente que alimentar os aparelhos que conduzem o sinal de áudio na ponta de sua geração – toca-discos, ledores e pré-amplificadores – alimentá-los com energia da rede pública deteriora em algum tanto o sinal de áudio o qual, por modo dessa alimentação, é contaminado com harmônicos espúrios da rede pública.
Diante disso, alimento meus ledores (aparelhos de pouco consumo) com corrente pura invertida provinda de baterias (no-breaks) e alimento pré-amplificador e amplificadores com eletricidade da rede pública.
E está a dar bom resultado. Ganho autonomia (com a corrente de baterias) de mais de DEZ horas, e tenho a demanda de eletricidade ilimitada da energia da rede pública para os aparelhos de potência. Mesmo porque as fontes de poder dos ledores são ridicularmente dimensionadas e filtradas, enquanto as fontes dos aparelhos de potência são parrudas e mui bem filtradas.
Cabos de setor? Ora, fi-los eu próprio. Tomadas? As ordinárias, à venda no mercado de varejo.
Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Re: Espaço Holbein Menezes
[quote="António José da Silva"]
Já me aconteceu por mais de uma vez, o homem todo satisfeito e eu com um sorriso meio-amarelo sem ter notado nada de palpavel, designadamente com mesinhas. Com cabos (IC's e colunas) a conversa já muda um pouco, pois diferentes topologias e materiais podem - dependendo do contexto - dar azo a diferenças, em alguns casos sensiveis.holbein menezes escreveu:
...Muda-se um IC e o dono, ou fabricante fica logo com um sorriso enorme nos lábios e diz: "Reparem na diferença". E normalmente a diferença é 0.
...
Abraço e boa musica.
ricardo felisberto- Membro Audiopt
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Re: Espaço Holbein Menezes
[quote="ricardo felisberto"]
x2 . Já me acontecera também.
António José da Silva escreveu:Já me aconteceu por mais de uma vez, o homem todo satisfeito e eu com um sorriso meio-amarelo sem ter notado nada de palpavel, designadamente com mesinhas. Com cabos (IC's e colunas) a conversa já muda um pouco, pois diferentes topologias e materiais podem - dependendo do contexto - dar azo a diferenças, em alguns casos sensiveis.holbein menezes escreveu:
...Muda-se um IC e o dono, ou fabricante fica logo com um sorriso enorme nos lábios e diz: "Reparem na diferença". E normalmente a diferença é 0.
...
Abraço e boa musica.
x2 . Já me acontecera também.
Orion- Equipa Audiopt - Admin.
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Re: Espaço Holbein Menezes
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_4/feature-article-blind-test-power-cords-12-2004.html[/quote[/url]]António José da Silva escreveu:Este resultado mais uma vez resulta numa diferença entre cabo de alimentação de frigorífico e cabos caríssimos. As diferenças, 0
[url=http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_4/feature-article-blind-test-power-cords-12-2004.html
Atençao Antonio, especular sobre os cabos é serrar o ramo em que estamos sentados e cair da arvore...
Desse constato hà so um pequeno passo intelectual, para considerar que todos os tubos de mesmo tipo soam igualmente etc...
Hoje em França o combate objectivistas/subjectivistas està no ponto de dizer que todo o audio é uma imensa mascarada, e que uma mini aparelhagem da Yamaha soa tao bem como um Audio Research. Atençao aos excessos, eles criam a barbaridade...
Até+
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Re: Espaço Holbein Menezes
[quote="td124"]
Sim, dizer que a diferença é zero, não diria, mas sim talvez que, por vezes, as diferenças são infimas ou quase imperceptíveis entre cabos com preços discrepantes. Mas cada caso, seu caso. Não se pode radicalizar.
António José da Silva escreveu:Este resultado mais uma vez resulta numa diferença entre cabo de alimentação de frigorífico e cabos caríssimos. As diferenças, 0
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_4/feature-article-blind-test-power-cords-12-2004.html[/quote]
Atençao Antonio, especular sobre os cabos é serrar o ramo em que estamos sentados e cair da arvore...
Desse constato hà so um pequeno passo intelectual, para considerar que todos os tubos de mesmo tipo soam igualmente etc...
Hoje em França o combate objectivistas/subjectivistas està no ponto de dizer que todo o audio é uma imensa mascarada, e que uma mini aparelhagem da Yamaha soa tao bem como um Audio Research. Atençao aos excessos, eles criam a barbaridade...
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Sim, dizer que a diferença é zero, não diria, mas sim talvez que, por vezes, as diferenças são infimas ou quase imperceptíveis entre cabos com preços discrepantes. Mas cada caso, seu caso. Não se pode radicalizar.
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Re: Espaço Holbein Menezes
Eu de facto não tenho grande certeza acerca das propriedades milagrosas dos cabos de sector, mas sinceramente gosto de "ver" um sistema funcionar com cabos de qualidade. Quanto ao som... pelo menos o efeito placebo é reconfortante.
Eu agora uso uns chineses com aspecto de cabos de qualidade e na verdade quando olho para eles parecem-me soar bem
Mas concordo plenamente que uma boa ligação e um bom condutor deve fazer diferença.
Eu agora uso uns chineses com aspecto de cabos de qualidade e na verdade quando olho para eles parecem-me soar bem
Mas concordo plenamente que uma boa ligação e um bom condutor deve fazer diferença.
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"... todos os tubos..."
td124 - "... que todos os tubos de mesmo tipo soam igualmente etc..."
Não soam não! Meus "single ended" BEZ-T3B-2 vieram com válvulas 300B da Shuguang Electron Group, de Hunam, China; troquei-as pelas JJ, também da Shuguang mas o dobro do preço, e a melhora na qualidade sônica foi bestial. Agora estou a tentar comprar um par de 300B da Western Electric, dos Estados Unidos, mas a fábrica respondeu-me que só estava a atender encomendas para setembro de 2010!!!
Quando eu tinha o AUDIOPAX 98, que usa válvulas KT 88, troquei as Harmonix de origem por Mullard Gold que eu guardara de recordação do Graham Woodville, que mas deu de presente nos idos de 1980..., e a mudança sônica foi incontestável.
Com cabos acontece a mesma coisa mas, a meu ver, não é por motivo de topologia nem material dos fios mas... de mau contato. Já usei um par de cabos de setor, de grife, nos meus dois amplificadores monofônicos 300B, e notava que o da direita desempenhava diferente do da esquerda. Fui pesquisar sobre a diferença: primeiro, troquei válvula por válvula, de um amplificador para outro, passo a passo, entrada, inversora e potência. A desigualdade que observara entre os dois canais, permaneceu. Aí, já a desvairar, permutei as unidades amplificadoras elas inteiras, a da esquerda pus na direita e vice-versa.
Pasmem! Permaneceu o status quo! "E agora, José? Tem uma pedra no meu caminho..."como versejou o poeta. Cambiara tudo... tudo? Ora, não permutara os cabos de setor.
E eram eles esses bastardos os responsáveis pela audível diferença de desempenho; quando abri a tomada fêmea, um dos três contatos extava oxidado! Tomadas "computer grade" oxidadas?!?
É vero, veríssimo! Porque em áudio para a reprodução do som musical... às vezes todos os gatos são pardos!
Holbein.
Não soam não! Meus "single ended" BEZ-T3B-2 vieram com válvulas 300B da Shuguang Electron Group, de Hunam, China; troquei-as pelas JJ, também da Shuguang mas o dobro do preço, e a melhora na qualidade sônica foi bestial. Agora estou a tentar comprar um par de 300B da Western Electric, dos Estados Unidos, mas a fábrica respondeu-me que só estava a atender encomendas para setembro de 2010!!!
Quando eu tinha o AUDIOPAX 98, que usa válvulas KT 88, troquei as Harmonix de origem por Mullard Gold que eu guardara de recordação do Graham Woodville, que mas deu de presente nos idos de 1980..., e a mudança sônica foi incontestável.
Com cabos acontece a mesma coisa mas, a meu ver, não é por motivo de topologia nem material dos fios mas... de mau contato. Já usei um par de cabos de setor, de grife, nos meus dois amplificadores monofônicos 300B, e notava que o da direita desempenhava diferente do da esquerda. Fui pesquisar sobre a diferença: primeiro, troquei válvula por válvula, de um amplificador para outro, passo a passo, entrada, inversora e potência. A desigualdade que observara entre os dois canais, permaneceu. Aí, já a desvairar, permutei as unidades amplificadoras elas inteiras, a da esquerda pus na direita e vice-versa.
Pasmem! Permaneceu o status quo! "E agora, José? Tem uma pedra no meu caminho..."como versejou o poeta. Cambiara tudo... tudo? Ora, não permutara os cabos de setor.
E eram eles esses bastardos os responsáveis pela audível diferença de desempenho; quando abri a tomada fêmea, um dos três contatos extava oxidado! Tomadas "computer grade" oxidadas?!?
É vero, veríssimo! Porque em áudio para a reprodução do som musical... às vezes todos os gatos são pardos!
Holbein.
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A sala universal não existe.
Faz tempo venho sustentando na imprensa de aúdio brasileira a opinião de que não se pode construir uma sala doméstica “universal”, isto é, ótima para a reprodução eletrônica do som musical de qualquer gênero de música. E tal não é possível porquanto nem mesmo os teatros de concerto estão aptos a propagar com qualidade todas as ondas sonoras de obras eruditas e populares. E aqui e agora lembro exemplos:
- como o do “Lincoln Center” (do qual já falei em outra mensagem) – que permaneceu fechado por nove anos devidos a sérios problemas acústicos, descobertos, anos depois, como decorrentes da vã tentativa de dar ao “Lincoln Center” caráter “universal”, isto é, ótimo para óperas, oratórios, sinfonias, música de câmara, conjuntos de jazz etc;
- como os casos brasileiros da Sala São Paulo versus Teatro Municipal de São Paulo, Sala Cecília Meireles versus Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nos quais, nos Municipais tocam bem orquestrais sinfônicos enquanto obnubilam os sutis detalhes na música de câmara;
- como nos exemplos do teatro de ópera, “Teatro do CIC”, de Florianópolis versus Teatro Álvaro de Carvalho, também da Ilha da Magia, aquele, grande e suntuoso mas de péssima acústica para qualquer gênero de representação, este, pequeno e antigo mas de soberba acústica para música de pequenos conjuntos.
(Por sinal e por sintomático, o Álvaro de Carvalho foi construído por mestres-de-obras portugueses da ilha dos Açores! E, embaixo do palco de madeira - e madeira vibra, todos sabemos, e se vibra produz ressonâncias -, embaixo do palco os mestres-de-obras lusitanos construíram um tanque para água, do tamanho do tablado do palco, com o escopo de... pois é! em recuados tempos da Colonização Portuguesa no Século XIX! -, com o objetivo de absorver as ressonâncias geradas no tablado de madeira!! Genial!!!)
A minha longa experiência com salas domésticas para a reprodução eletrônica do som musical me há ensinado que atitude mais “realista” – e no frigir dos ovos o mais econômico – é ajustar as nossas salas domésticas para o gênero de música principal das nossas discotecas: quem gosta mais de jazz, popular e erudito de câmara, ajuste sua pequena sala doméstica para lograr obter sonoridade, isto é, “... nuanças e sutilezas de timbre...”, no dizer do maestro Nikolaus Harnoncourt; mas quem aprecia a articulação, ajuste sua sala doméstica para ter “... um maior volume sonoro... para adquirir a igualdade perfeita no plano da dinâmica e da afinação dos semitons utilizáveis...”, também na opinião de Harnoncourt. Assim como ainda adverte o maestro: “... o ouvinte pode pular de lá para cá entre as diversas sonoridades... ligadas a campos secundários da música: à acústica das salas, que contribui de maneira decisiva para a formação do som...”.
De um som em particular, digo eu, e não de todos os sons, de um gênero específico e não de todos os gêneros; por isso que não há o ambiente “universal”, ótimo para todos os sons. Infelizmente.
Holbein.
- como o do “Lincoln Center” (do qual já falei em outra mensagem) – que permaneceu fechado por nove anos devidos a sérios problemas acústicos, descobertos, anos depois, como decorrentes da vã tentativa de dar ao “Lincoln Center” caráter “universal”, isto é, ótimo para óperas, oratórios, sinfonias, música de câmara, conjuntos de jazz etc;
- como os casos brasileiros da Sala São Paulo versus Teatro Municipal de São Paulo, Sala Cecília Meireles versus Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nos quais, nos Municipais tocam bem orquestrais sinfônicos enquanto obnubilam os sutis detalhes na música de câmara;
- como nos exemplos do teatro de ópera, “Teatro do CIC”, de Florianópolis versus Teatro Álvaro de Carvalho, também da Ilha da Magia, aquele, grande e suntuoso mas de péssima acústica para qualquer gênero de representação, este, pequeno e antigo mas de soberba acústica para música de pequenos conjuntos.
(Por sinal e por sintomático, o Álvaro de Carvalho foi construído por mestres-de-obras portugueses da ilha dos Açores! E, embaixo do palco de madeira - e madeira vibra, todos sabemos, e se vibra produz ressonâncias -, embaixo do palco os mestres-de-obras lusitanos construíram um tanque para água, do tamanho do tablado do palco, com o escopo de... pois é! em recuados tempos da Colonização Portuguesa no Século XIX! -, com o objetivo de absorver as ressonâncias geradas no tablado de madeira!! Genial!!!)
A minha longa experiência com salas domésticas para a reprodução eletrônica do som musical me há ensinado que atitude mais “realista” – e no frigir dos ovos o mais econômico – é ajustar as nossas salas domésticas para o gênero de música principal das nossas discotecas: quem gosta mais de jazz, popular e erudito de câmara, ajuste sua pequena sala doméstica para lograr obter sonoridade, isto é, “... nuanças e sutilezas de timbre...”, no dizer do maestro Nikolaus Harnoncourt; mas quem aprecia a articulação, ajuste sua sala doméstica para ter “... um maior volume sonoro... para adquirir a igualdade perfeita no plano da dinâmica e da afinação dos semitons utilizáveis...”, também na opinião de Harnoncourt. Assim como ainda adverte o maestro: “... o ouvinte pode pular de lá para cá entre as diversas sonoridades... ligadas a campos secundários da música: à acústica das salas, que contribui de maneira decisiva para a formação do som...”.
De um som em particular, digo eu, e não de todos os sons, de um gênero específico e não de todos os gêneros; por isso que não há o ambiente “universal”, ótimo para todos os sons. Infelizmente.
Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Re: Espaço Holbein Menezes
Excelente, Caro Holbein
Mais uma vez obrigado por partilhar a sua vasta experiência.
Tem aqui mais um aluno atento.
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Paulo André- Equipa Audiopt - Admin.
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Solilóquio, NÃO!
Senhores,
quando a generosidade do Mediador Paulo André comunicou "Este tópico foi criado exclusivamente para Holbein Menezes", não quis com certeza dizer unicamente. O espaço é meu quanto à responsabilidade de mantê-lo ativo e atuante, entretanto sei que só vicejará se se tornar nosso. Aliás, Mestre td124 já houvera reclamado de forma sutil e inteligente quanto à presença dos mesmos ativistas no tópico sobre a história dos amplificadores de válvula que ele, brilhantemente, rege.
Participação "is the name of the game".
Holbein.
quando a generosidade do Mediador Paulo André comunicou "Este tópico foi criado exclusivamente para Holbein Menezes", não quis com certeza dizer unicamente. O espaço é meu quanto à responsabilidade de mantê-lo ativo e atuante, entretanto sei que só vicejará se se tornar nosso. Aliás, Mestre td124 já houvera reclamado de forma sutil e inteligente quanto à presença dos mesmos ativistas no tópico sobre a história dos amplificadores de válvula que ele, brilhantemente, rege.
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Holbein.
holbein menezes- utilizador dedicado
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Re: Espaço Holbein Menezes
holbein menezes escreveu:Senhores,
quando a generosidade do Mediador Paulo André comunicou "Este tópico foi criado exclusivamente para Holbein Menezes", não quis com certeza dizer unicamente. O espaço é meu quanto à responsabilidade de mantê-lo ativo e atuante, entretanto sei que só vicejará se se tornar nosso...
Participação "is the name of the game". E a razao pela qual os forums foram criados...
Holbein.
Conte comigo para uma visita de vez em quando, ou regularmente
Bravo pela iniciativa e obrigado pelo que dà ao forum
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td124- Membro Audiopt
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De Pai para Filho. Não, do filho H. Filho para Holbein, pai.
Holbein, pai: Faz algum tempo meu filho caçula, Holbein Filho, engenheiro especializado em processamento de mídias destinadas à reprodução do som musical, participou, nos Estados Unidos, de uma Conferência Internacional de técnicos em fabricação de CDs. Entre os assuntos tratados, foi abordada na Conferência a questão do up sampler. Agá, como eu o chamo, na ocasião escreveu-me uma longa carta da qual extraio alguns trechos e os ofereço aos meus leitores portugueses:
Holbein, filho: “Pai, estou aqui em São Francisco para uma conferência da indústria de replicadores. Replicação é a fase final para a confecção de CDs. Hoje de manhã falou um engenheiro, cujo nome não estou autorizado a divulgar, presidente de uma importante firma do ramo. Achei muito interessante a palestra dele. Tratou daquela questão do up sampler, assunto que tem ocupado as nossas conversas algumas vezes. Vou ver se consigo dar a você uma panorâmica da fala do homem.
Começou desenhando a condição do caminho do som. Disse: “No ideal mundo analógico, a informação acústica é transmitida desde o ponto de sua origem (source) até o ouvinte, por meio nada mais nada menos que o ar. O ar seria, portanto, o veículo natural e ideal da informação acústica uma vez que não induz distorções; entretanto, essa situação ideal possui duas sérias limitações. Primeira: o ouvinte da informação acústica precisa estar no mesmo local do da origem do som. Segunda: o ouvinte precisa também estar lá no exato momento em que o som é emitido”.
Com base nessas premissas o conferencista estabeleceu a questão da reprodução do som por via eletrônica da seguinte maneira: “Toda a indústria eletrônica existe para manufaturar produtos que recriem a condição original da informação acústica, mas o faz para um ouvinte que está em diferente local e em diferente momento, e se utiliza de outro veículo que não o ar. Assim, pois, o nosso desafio de engenheiros eletrônicos é recriar em condições diversas mas da maneira mais fiel possível a informação acústica original ”.
Holbein, pai: Por aqui se vê que não é apropriada senão como slogan de propaganda o termo alta-fidelidade. Atentemos para o que disse o engenheiro conferencista para seus colegas: para que o processo eletrônico possa ser o “clone” (ser a alta-fidelidade de) do evento original será necessário que o ouvinte esteja também no MESMO LOCAL, NA MESMA OCASIÃO e utilize o MESMO VEÍCULO (o ar) “do da origem do som”. Situação possível só na nossa vontade ou na nossa imaginação de ouvintes analógicos. Ou de ouvintes audiotas...
Agá: Disse o colega que no atual mundo digital, o som é convertido da condição analógica para a condição digital e, imediatamente, retorna à condição analógica. Nesse vaivém o som fica na dependência da qualidade dos componentes do veículo eletrônico, tais microfones, amplificadores, eletricidade etc. para lograr ser mais ou menos a fidelidade da informação acústica original. Situação que leva à conhecida sentença de que a alta-fidelidade está sempre na dependência do elo mais fraco do sistema de captação e reprodução da informação original.
Holbein, pai: Pelo “etc.” empregado pelo conferencista deduzo que ele não desejou estender, certamente porque falava para uma assembléia específica de replicadores, isto é, de técnicos que se situam num dos lados do processo da reprodução do som – o lado da gravação/replicação –, não desejou estender as dependências a que aludiu à outra ponta do sistema, isto é, ao lado dos ouvintes, coitados! com suas salas peculiares não controladas acusticamente (e tão diferentes do ambiente da informação original!), seus aparelhos reprodutores por vezes mal instalados, e quase sempre comprados de forma aleatória ao capricho das oportunidades financeiras, e assim, sem a devida e cuidada unidade técnica, seus assentos ao mais das vezes enviesados porque só isso lhe permite a excelentíssima cara-metade, que não quer ver seu lindo living bagunçado por cabos e fios, mesas e mesinhas, pesos e contrapesos, absorvedores e outros bichos horrendos.
Aga: A partir dessa introdução, o conferencista nos chamou a atenção para a particular importância dos master clocks – os dispositivos de tempo/freqüência – usados tanto na fase analógica quanto na digital. Disse: “Como vocês sabem, ambas as conversões, de analógico para digital e vice-versa, precisam estar no mesmo tempo e freqüência, freqüência que, no caso de CD, tem sido de 44.1 kHz. Se por acaso tempo e freqüências não são os mesmos, isso resulta em que a música reproduzida possa ser ou ligeiramente mais lenta ou ligeiramente mais rápida do que a informação original”.
Meu colega então fez blague, dizendo que nós estávamos carecas de saber tudo isso. Que até os melhores clocks já construídos possuem inerentes imprecisões de freqüência além de zumbido de fase e de fundo. Quando tais imprecisões e zumbidos são desiguais nas duas fases do processo, A-D e D-A (conversão de analógico para digital e o caminho inverso, de digital para analógico), o resultado inevitável é distorção na reprodução do som. Porque só no mundo digital IDEAL são iguais dois clocks.
“Na prática todos os clocks possuem seu grau de desvio em relação ao ideal teórico, ainda que uns possam ser melhores que outros. Mais: porque tais desvios não se repetem de igual maneira em cada fase do processo - sempre diferem -, e isso produzirá inevitavelmente uma certa quantidade de erro de tempo”.
A partir dessas considerações, o conferencista passou a apresentar gráficos para demonstrar que no mundo REAL não há a possibilidade de usar o mesmo clock para ambas as fases A-D e D-A. Ao contrário, um clock é usado no processo de gravação no estúdio, e outro durante a feitura do disco, e um terceiro é usado no processo de reprodução via toca-cedês (este, com a agravante de ser um clock barato).
“Ainda que, teoricamente, seja possível sincronizar as três fases utilizando-se do clock matriz. Mas isso implicaria que as fases de fabricação e de reprodução (playback) estivessem permanentemente conectadas ao estúdio de gravação (master clock), o que se torna impraticável. Ainda assim, os erros de tempo e fase
não poderiam ser compensados uma vez que a necessária absoluta perfeição não existe”.
Com gráficos, passou a mostrar dois sinais de dois master clocks de freqüência digital e amplitude iguais, com apenas a diferença na subida e descida do tempo. Os gráficos tiveram a finalidade de demonstrar que a repetição, seja dos acertos, seja dos erros, é impossível na prática.”
Holbein, pai: A carta de meu filho é extensa e não desejo reproduzi-la no todo, nem caberia. Extrai dela apenas os tópicos técnicos que dão suporte à pergunta que um dia, de modo leigo, fiz nas páginas da revista AUDIO, de Lisboa, do meu querido e fiel amigo de quase duas décadas, Jorge Gonçalves: Alta-fidelidade de quê? Porque, meus caros leitores do audiopt.net, no afã de ter a mais fiel reprodução eletrônica do som musical - a possível nas condições domésticas -, nós temos sido, todos nós, presas fáceis de marqueteiros espertalhões que se posicionam como verdadeiros magister dixit, a deitar regras eclassificar e dar notas a produtos de áudio, quase sempre ao sabor de suas opiniões sujeitas a interesses comerciais e geradas em condições de escuta as mais precárias, distantes, muito distantes das condições do ambiente e técnica da informação original.
Não sou contra os “testes” publicados nas revistas de divulgação, já escrevi isso mais de uma vez, mas para que eles tenham credibilidade e justifiquem sua finalidade, os arrazoados muitas vezes assinados por ilustres nomes têm que ser menos enfáticos (e jamais quantificados; jamais!), e espelhem tão-só opiniões pessoais formuladas fora das condições da informação original. Do contrário, tornam-se distorções da verdade. Ou mentiras. Ou merchandise.
Não se pode (ou não se devia) atribuir a uma caixa de alto-falante a nota de 66,7 numa grandeza máxima de 72 pontos (grandeza já de si arbitrária!), ou um número qualquer de estrelas, se as condições de escuta do julgador não forem ideais ou próximas das condições do laboratório de teste do fabricante da caixa. Porquanto há que haver um referencial de absoluta confiança senão o julgamento torna-se precário ou tendencioso. Em outras palavras, não se pode quantificar em situações diversas, da mesma forma como não se pode somar unidades heterogêneas.
Daí porque sempre tenho dado preferência “contar” a história de minha experiência pessoal com um dado produto, sem emitir juízo de realidade. Gosto de dizer que tal produto, em nossas condições domésticas – e, diga-se de passagem, não são boas – comportou-se de tal ou qual modo, reagiu assim ou assado ao se introduzir essa e aquela configurações, ouvindo certos e determinados discos de nossa preferência pessoal, de modo a dar aos meus leitores amplo campo para seus próprios ajuizamentos. E em passando tão-somente a minha experiência com os produtos e contar o vaivém das minhas alterações, forneço a eles os instrumentos para suas próprias conclusões.
Holbein.
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Re: Espaço Holbein Menezes
holbein menezes escreveu:... produtos e contar o vaivém das minhas alterações, forneço a eles os instrumentos para suas próprias conclusões.
Holbein.
Só espero que possa continuar a fornecer esses instrumentos. Fazem muita falta a um fórum, (e não só) opiniões de pessoas que tenham tido uma vasta experiência com uma palete alargada de equipamentos, e que não tenham qualquer obrigação por via comercial e/ou afectiva de falar bem de equipamento A ou B. Muitas vezes parece-me que a parte afectiva de muitos amantes deste nosso hobby, ainda consegue ser pior do que os que defendem um produto por motivos comerciais.
Portanto, espero que continue a nos brindar com as suas crónicas independentes.
Abraço
Convidad- Convidado
Re: Espaço Holbein Menezes
Também eu agradeço as espectaculares leituras prazeirosas do caro holbein . Assim como o nosso amigo Paulo/td124, são mais valias destas que me orgulho de termos neste nosso espaço de todos nós. O meu obrigado uma vez mais aos dois. Pela vossa boa disposição e elevado sentido de partilha e pelo vosso saber que é imenso.
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Gira-discos e seus múltiplos problemas.
Observei que o nosso Moderador António José usa ainda "long playing" e gira-discos com braço SME 3009 e cápsula fonomagnética MCA-76.
Sem falsa modéstia - e sinto-me à vontade não ser falso-modesto - acho que poucas pessoas na face da Terra tenham experimentado tanto com, como se diz cá no Brasil, toca-discos. Cujo problema maior, entre os muitos e múltiplos, é a vibração, que desfigura a leitura.
Para enfrentar essa magna questão, cheguei a construir uma coluna de concreto cuja sapata entrava chão a dentro um metro! E o suporte do chassi do gira-disco fi-lo de mármore (pés) e ferro (o tampo da mesa), chapa de 1/4 de polegada; a máquina era o velho de guerra Garrard 301. Aliás, a bem da verdade, eu apenas projetei (quase que eu escrevi a gíria brasileira "bolei") a geringonça, quem a construiu, um exemplar para ele e outro para mim, foi meu saudoso amigo António José Fernandes (xará seu, hem AJS?), um português que residia no Rio de Janeiro, apaixonado ele também por música. (Voltou anos depois para Portugal, onde veio a falecer.)
Gira-discos é assim: ou deve estar suportado por um sistema de massa bestial ou deve sê-lo sobre dulcíssimas molas, quase a flutuar. Minha preferência é para suporte sólido de muita massa; molas elas próprias vibram e o "ringing" gera distorção de alta frequência. Nessa sala do Rio de Janeiro cheguei a construir até uma cafua de tijolos rígidos e tampo de mármore (de 2,25 m2) para abrigar o gira-discos, com o objetivo de evitar as vibrações air-borne.
No uso diário de LPs observei que cada selo (fábrica) cortava seus lacquer em ângulo vertical próprio; em termos gerais, os discos fabricados na Europa (Decca, Telefunken, Deutsche etc) eram cortados em 10º (ainda que a norma da RIAA determinasse cortar em 15º) e os de origem amaricana (Columbia, RCA, Vanguard etc.), e japonesa, em 21º. De sorte que fui obrigado a fabricar cunhas de bambu de espessuras diferentes para botá-las, para os discos de origem europeia, atrás do corpo da cápsula instalada em 15º, e para os discos de origem americana, na frente. A diferença sônica é audiblíssima, António!
Os famosos Irmãos Garrott, da Austrália, dos quais eu era representante para a América do Sul, experimentaram meu "invento" e constataram sua efetividade. E fui mais longe: cheguei a fabricar doze cunhas de espessuras diferentes porque constatei que entre um selo e outro havia diferença no ângulo de corte vertical do lacquer.
Uma loucura! E para não me tornar mais louco do que já era, abandonei toca-discos, cápsulas e discos! O "compact disc" é pobre de resposta de frequência mas acarreta menos problemas de instalação. E a automaticidade de sua feitura torna-os menos variáveis do que os manufaturados LP, em cujo processo de fabricação os Srs. Engenheiros interferem.)
Bom-dia a todos! (Aqui são apenas cinco e meia da manhã. Durmo cedo, 21 horas mas acordo cedo, 4 horas da matina! Será por imitar as galinhas que ostento a saúde que tenho, aos 87 anos?)
Holbein.
Sem falsa modéstia - e sinto-me à vontade não ser falso-modesto - acho que poucas pessoas na face da Terra tenham experimentado tanto com, como se diz cá no Brasil, toca-discos. Cujo problema maior, entre os muitos e múltiplos, é a vibração, que desfigura a leitura.
Para enfrentar essa magna questão, cheguei a construir uma coluna de concreto cuja sapata entrava chão a dentro um metro! E o suporte do chassi do gira-disco fi-lo de mármore (pés) e ferro (o tampo da mesa), chapa de 1/4 de polegada; a máquina era o velho de guerra Garrard 301. Aliás, a bem da verdade, eu apenas projetei (quase que eu escrevi a gíria brasileira "bolei") a geringonça, quem a construiu, um exemplar para ele e outro para mim, foi meu saudoso amigo António José Fernandes (xará seu, hem AJS?), um português que residia no Rio de Janeiro, apaixonado ele também por música. (Voltou anos depois para Portugal, onde veio a falecer.)
Gira-discos é assim: ou deve estar suportado por um sistema de massa bestial ou deve sê-lo sobre dulcíssimas molas, quase a flutuar. Minha preferência é para suporte sólido de muita massa; molas elas próprias vibram e o "ringing" gera distorção de alta frequência. Nessa sala do Rio de Janeiro cheguei a construir até uma cafua de tijolos rígidos e tampo de mármore (de 2,25 m2) para abrigar o gira-discos, com o objetivo de evitar as vibrações air-borne.
No uso diário de LPs observei que cada selo (fábrica) cortava seus lacquer em ângulo vertical próprio; em termos gerais, os discos fabricados na Europa (Decca, Telefunken, Deutsche etc) eram cortados em 10º (ainda que a norma da RIAA determinasse cortar em 15º) e os de origem amaricana (Columbia, RCA, Vanguard etc.), e japonesa, em 21º. De sorte que fui obrigado a fabricar cunhas de bambu de espessuras diferentes para botá-las, para os discos de origem europeia, atrás do corpo da cápsula instalada em 15º, e para os discos de origem americana, na frente. A diferença sônica é audiblíssima, António!
Os famosos Irmãos Garrott, da Austrália, dos quais eu era representante para a América do Sul, experimentaram meu "invento" e constataram sua efetividade. E fui mais longe: cheguei a fabricar doze cunhas de espessuras diferentes porque constatei que entre um selo e outro havia diferença no ângulo de corte vertical do lacquer.
Uma loucura! E para não me tornar mais louco do que já era, abandonei toca-discos, cápsulas e discos! O "compact disc" é pobre de resposta de frequência mas acarreta menos problemas de instalação. E a automaticidade de sua feitura torna-os menos variáveis do que os manufaturados LP, em cujo processo de fabricação os Srs. Engenheiros interferem.)
Bom-dia a todos! (Aqui são apenas cinco e meia da manhã. Durmo cedo, 21 horas mas acordo cedo, 4 horas da matina! Será por imitar as galinhas que ostento a saúde que tenho, aos 87 anos?)
Holbein.
Última edição por holbein menezes em 18/9/2009, 14:29, editado 2 vez(es)
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